As competições de ginástica artística estão entre as mais assistidas das Olimpíadas de 2024, segundo a Cazé TV. Mas não é por menos, isso porque o time feminino do Brasil faz muito sucesso com suas ginastas. E no meio dessa repercussão, a web recuperou uma entrevista de Jade Barbosa, que está competindo em Paris. No vídeo, a atleta de 33 anos compartilhou um relato pessoal polêmico e evidenciou a melhora nas condições do esporte nos últimos anos.
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Em entrevista ao “Cara a Tapa”, de Rica Perrone, Jade revelou ter sofrido bastante devido a cobrança de antigos treinadores da União Soviética, que proibiam as ginastas de beber água. “A gente vivia desidratada. Então, assim, chegava no final de semana pra beber um pouco mais de água, engordava 2 quilos. A treinadora ficava uma maluca, né? Queria matar. Aí tinha castigo, corrida”. Foi assim, com 17 anos, que ela desenvolveu 15 pedras no rim.
A época coincide com a primeira participação de Jade nos Jogos Olímpicos, em 2008. Ademais, ela relembrou que voltou anêmica da competição, entre outras coisas, e depois descobriu uma doença raríssima no punho chamada osteonecrose. A enfermidade é um infarto ósseo focal e é causada pela perda de suprimento de sangue, na maioria das vezes por conta de uma lesão.
“Ninguém nunca tipo tinha visto essa lesão. Acho que tinha, se eu não me engano, 11 no mundo dessa lesão e não tinha tipo uma cirurgia, não tinha uma prótese, não tinha nada. Aí eu ficava sem treinar pra ver se voltava a circular sangue. Todos os médicos falavam que não tinha jeito e eu tinha que tomar um remédio que era caríssimo na época”.
De acordo com ela, tudo isso a motivou a batalhar por mais direitos na ginástica. “Eu falei: ‘Não vou deixar mais meninas passarem pelo que eu passei’. Não queria que novas gerações passassem por isso. Então, quando eu voltei, eu me comprometi a começar essa mudança. […] Hoje eu vejo a gente me ajudando na ginástica, me dá gosto, sabe? “.
