Desde a chegada de Fernando Diniz, o Fluminense vive uma nova realidade de gols marcados no começo dos jogos. Se com Abel Braga a maioria dos gols era marcada no segundo tempo, a situação mudou bastante nas últimas quatro partidas. A média de gols nos primeiros 10 minutos foi de 8,6%, com Abel, para 42,9% desde que a equipe mudou de treinador.
Nas quatro primeiras partidas sob o comando do novo técnico, o Tricolor marcou antes dos 10 minutos de bola rolando em três oportunidades: contra Junior Barranquilla, Vila Nova e Athletico-PR, o que corresponde a três dos sete gols da equipe.
A mudança da característica do time pode ser associada à nova postura trazida por Diniz. A intensidade tem dado as caras nos jogos e treinos, além de ter se tornado expressão frequente nas entrevistas, tanto do próprio treinador quanto dos jogadores, que vêm abraçando a ideia.
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– A gente tem tentado jogo após jogo colocar ainda mais em prática os pedidos do professor Diniz, e acho que temos feito isso bem. Acho que nosso time começou muito bem, com intensidade muito alta, conseguimos manter isso em boa parte do jogo. E o mais importante, agredindo o adversário com organização. Temos tentado crescer. A gente sabe que é só o começo de um trabalho, temos muito a melhorar, e esse é o nosso foco – disse Nino após a vitória sobre o Athletico-PR.
E, de fato, é possível ver uma mudança gradativa ao longo das partidas. Contra o Vila Nova, o gol saiu cedo, mas a equipe caiu de produção e deixou o adversário tomar conta das ações, especialmente no primeiro tempo. Diante do Athletico-PR, no entanto, o time não recuou como no jogo anterior e mostrou um desempenho mais equilibrado nas duas etapas.
– O time evoluiu da partida contra o Vila Nova. Fez dois tempos mais parecidos, não caiu no segundo tempo, em alguns momentos até (aconteceu) o contrário, aumentou a rotação – disse Diniz após a partida.
Apesar do calendário apertado de jogos, o técnico afirmou que “cria tempo” para treinar. Além de também levar os jogadores a campo nos treinos regenerativos, Diniz vem realizando atividades mais longas, com direito até a análise de vídeos dos próximos adversários.
O ge apurou que a intensidade é a principal cobrança de Diniz no dia a dia. “E ai de quem não correr”, brincou uma fonte. Durante os treinos, se uma jogada não sai como o técnico pede, seja pela movimentação ou execução, ele interrompe e recomeça desde o início.
– O time está treinando e jogando. Quanto mais jogam nessa intensidade, a tendência é que consigam se adaptar à forma de jogar, à forma física. Acredito que o time só vá melhorar – afirmou Diniz.
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